segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Sob aplausos, população dá adeus ao volante Gil em Nova Cruz


O corpo do volante potiguar Gil, um dos 71 mortos no trágico acidente aéreo com a delegação da Chapecoense, que aconteceu na madrugada da última terça-feira (29), a caminho de Medellín, na Colômbia, chegou a Nova Cruz por volta das 17h deste domingo. A cidade fica a 93 Km de Natal, conta com 40 mil habitantes e é a terra dos pais e de parte da família do ex-jogador . Sob sol forte, milhares de pessoas se reuniram no ginásio Giovanna de Azevedo Targino, para se despedir do jogador. José Gildeixon Clemente de Paiva tinha 29 anos e deixa mulher e duas filhas, de cinco e três anos.
A morte do volante é sentida por toda cidade. Moradores penduraram lenços pretos nas casas em sinal de luto, e muitos carregavam fotos do jogador. No corpo de Geraldo Madureira, irmão de Gil e ex-jogador, a camisa do Chapecoense é exibida com orgulho: “Eu estou para ver um homem igual a ele, não existe. Ele é um exemplo, só fica a saudade”, conta. Geraldo se emociona ao falar dos pais, de como receberam a notícia. “A maior dor da minha mãe foi não ter falado com ele a última vez que ligou, não ter dado a benção ao meu irmão, ele está inconsolável”, se emociona.
O corpo do volante, que atuou entre outros clubes por Mogi Mirim, Ponte Preta e Coritiba, chegou ao estado às 13h30 em um voo de carreira. Ao chegar em Nova Cruz, o corpo seguiu para a casa dos pais do volante, conhecidos na cidade como Dona Nina e Seu Geraldo. O cortejo percorreu ruas da cidade, com muitos carros, motos e acompanhantes a pé. Ao chegar ao ginásio, foi recebido com uma salva de palmas. Segundo a Polícia Militar, três mil pessoas estiveram presentes.

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